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Fenômeno La Niña deve provocar chuvas frequentes e alerta para enchentes em Rio Branco

A capital acreana pode enfrentar uma nova alagação em 2026. O alerta foi feito pelo coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, coronel Cláudio Falcão, que confirmou que o estado já está sob influência do fenômeno La Niña, responsável por aumentar a ocorrência de chuvas intensas na Região Norte.

Cláudio Falcão destacou que ainda não é possível prever a intensidade do próximo evento/Foto: ContilNet

De acordo com Falcão, o NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos) já havia emitido alertas sobre o fenômeno, que agora se confirma. “O NOAA já vinha nos alertando e, agora, fez a confirmação de que já estamos sob a influência do La Niña, fenômeno que resfria as águas do Pacífico e traz mais chuvas para algumas regiões, a Região Norte é uma delas”, afirmou.

O La Niña é conhecido por alterar o regime de chuvas, tornando-as mais frequentes e intensas, o que eleva o risco de cheias no Acre.

“A tendência é que a gente continue com chuvas mais frequentes. Por enquanto, a influência está numa fase fraca, e a previsão é que o fenômeno dure cerca de seis meses, abrangendo o período de cheia,” explicou o coordenador.

Falcão não descarta a possibilidade de uma nova inundação no próximo ano. “Dada a frequência e o aumento de chuvas, pode ser que a gente tenha, sim, uma sexta inundação consecutiva aqui em Rio Branco”, disse. O histórico recente da capital preocupa: nos últimos cinco anos, foram registradas cinco inundações, sendo duas de grande porte e três de porte médio.

O coordenador destacou que ainda não é possível prever a intensidade do próximo evento. “Lembrando que das cinco inundações que tivemos, duas foram grandes e três médias. Agora, não conseguimos prever se a próxima será média, grande, ou se teremos, quem sabe, a primeira vez depois de cinco anos, que não teremos inundação,” ponderou.

A Defesa Civil aguarda novos estudos meteorológicos para definir o nível de risco. “O que vai realmente delimitar e demandar isso tudo são as nossas reuniões que faremos agora, a partir do início de novembro, que virão com os estudos meteorológicos indicando o que poderá acontecer ou não. Quanto mais longe a previsão, mais possibilidade de ela dar errado,” ressaltou Falcão.

Segundo o coordenador, um panorama mais preciso deve ser apresentado até o final de outubro ou início de novembro, indicando o cenário esperado para o período de cheia entre dezembro e janeiro. As informações foram dadas em entrevista ao portal Gazeta do Acre.



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