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Novo medicamento contra a malária chega ao SUS e impulsiona combate à doença no Acre

O Sistema Único de Saúde (SUS) incorporou um novo medicamento para o tratamento da malária, a atafenoquina, com o objetivo de acelerar a eliminação da doença no Brasil até 2035. A informação foi divulgada por Nádia Martinez, apoiadora municipal para a eliminação da malária no Brasil pelo Ministério da Saúde, durante participação em ação informativa no Vale do Juruá, região que concentra os maiores índices da doença no estado do Acre.


Tafenoquina é usada para tratamento de malária/Foto: Reprodução


“A malária é historicamente o maior problema de saúde pública aqui no Vale do Juruá, e abrir esse espaço de comunicação com a população é essencial para apresentar essa novidade tão importante”, explicou Nádia. A atafenoquina é indicada especialmente para tratar infecções causadas pelo Plasmodium vivax, uma das espécies mais recorrentes no país, e sua principal vantagem é evitar recaídas, um dos maiores desafios no controle da doença.

Outra inovação é a redução do tempo de tratamento, que antes durava sete dias e agora será feito em apenas três. “Isso vai facilitar a adesão dos pacientes. Com o tratamento mais curto, as pessoas tendem a seguir corretamente até o final, o que é essencial para a cura e para impedir a transmissão da doença”, destacou a apoiadora.


Martinez, apoiadora municipal para a eliminação da malária no Brasil pelo Ministério da Saúde/Foto: Reprodução



Segundo Nádia, o novo medicamento é seguro e passou por estudos extensivos, incluindo testes com mais de 5 mil pacientes em locais como Porto Velho. A atafenoquina já foi aprovada pela Anvisa e não apresentou efeitos adversos significativos até o momento.

A iniciativa faz parte de um compromisso firmado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), e visa eliminar a malária como problema de saúde pública até 2035. Atualmente, a cidade de Cruzeiro do Sul é responsável por cerca de 60% dos casos de malária no Acre, o que torna o Vale do Juruá uma área prioritária para a implementação da nova estratégia.

“Essa é uma ferramenta que vem para nos ajudar a alcançar a eliminação da malária no Brasil. A expectativa é de que o novo tratamento melhore os índices de cura e diminua drasticamente a reincidência da doença”, concluiu Nádia Martinez.




Fonte: Contilnet
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