Blog do Ton: Grupo palaciano quer Gladson fraco e, para isso, articula até prisões de aliados
Foto: Diego Gurgel
Não foram poucas as vezes que alertei o governador Gladson Cameli de que, dentro do Palácio, sua boa campanha à reeleição poderia ser comprometida por interesses particulares. O governador, tido até aqui como favorito na disputa pelo Governo do Acre, não tem como maior desafio lidar com quem está fora do Palácio. Seu maior desafio é lidar com quem está dentro.
Gladson tem todos os predicados que o podem levar para a vitória. Eu poderia ficar horas falando desses predicados, aqui. Como já o fiz. Mas isso cai por terra quando, dentro do seu próprio grupo, alguns ameaçam sua reeleição. Fontes de dentro do Palácio trazem, dos últimos dias para cá, denúncias que passam do fogo amigo e vão até articulações envolvendo prisões de pessoas próximas. Algo grave.
O jogo da eleição virou obsessão para alguns. Tudo é usado na hora de levar a melhor; até o nome da família do governador. Muito mais fácil seu pai, Eládio, se envolver para impedir que Gladson continue na política do que tomar partido como padrinho.
O caminho da reeleição do governador passa pela cancela da união. Julgo inadmissível, nessa altura do campeonato, alguém defender qualquer cisão que seja. Faltou habilidade para manter Petecão no grupo, faltou habilidade para manter o MDB no grupo e, por pouco, o senador Marcio Bittar não se desgasta por conta da mesma falta de habilidade.
Se Gladson olhar pelo espelho retrovisor, vai ver quem está, desde o começo, ao seu lado, ver quem deu o sangue pelo projeto, quem está com ele desde o começo e quem enfrentou as maiores dificuldades com as mãos dadas. Não sou eu quem vai dizer ao governador quem está certo ou quem está errado. Não quero e nem vou entrar nesse mérito. Mas, nessas horas, lembro de uma famosa e certeira frase de Ralph Waldo Emerson: “Suas atitudes falam tão alto que eu não consigo ouvir o que você diz”.
Fonte: ContilNet