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Outro lado: 'não chamei de carniça', diz ex-gerente de loja condenada por assédio


O ex-gerente da filial de uma empresa de móveis e eletrodomésticos de Senador Guiomard (AC), condenada a pagar R$ 35 mil de indenização para uma ex-funcionária que alegou ter sofrido assédio moral, se defendeu e disse que nunca chamou a mulher de “carniça” ou “lambe-sal”, como foi divulgado pela Justiça.

De acordo com Flávio Leite, de 33 anos, o termo "carniça" era usado por ele fora da empresa, durante jogos de futebol com funcionários que faziam parte de seu círculo de amigos. "Eu chamava os meninos disso [carniça] quando a gente ia jogar bola, não tinha nada a ver com ela [ex-funcionária]. Às vezes os meninos me chamavam de carniça, mas brincando", alegou.

Na decisão, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT-AC) entendeu que os adjetivos também seriam utilizados pelo gestor para se referir a outros funcionários da empresa. A decisão foi divulgada pela 1ª Vara do Trabalho de Rio Branco nesta terça-feira (20) e ainda cabe recurso.
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Leite disse ainda que a ex-funcionária teria ficado chateada por ter sido demitida. "Ela achava que a empresa tinha obrigação de mantê-la, não cumpria com a jornada de trabalho, faltava, se atrasava, e eu cobrava como todo gestor no meu lugar teria feito. Nunca chamei ela de carniça ou outra coisa. Se eu reclamasse, ela ficava de cara feia. Quando demiti ela foi por determinação da empresa e não minha", falou.

O ex-gerente acrescentou que quando pegou o cargo, os funcionários estavam acostumados com a outra gestão e isso pode ter causado alguma rejeição. "Minha função era colocar ordem na loja. Pode perguntar para qualquer outro funcionário como era a minha conduta, todos gostavam de mim, mas depois dessa ação eu também acabei sendo demitido", lamenta.

O G1 tentou ouvir a ex-funcionária, mas ele não foi encontrada para comentar o caso.

Entenda o casoUma empresa de móveis e eletrodomésticos foi condenada a pagar R$ 35 mil de indenização para uma ex-funcionária, que não teve identidade divulgada e segundo a Justiça. A mulher alegou à Justiça que sofria assédio moral por parte do gerente de uma das unidades da loja, no município acreano de Senador Guiomard, a 24 km de Rio Branco. A decisão, anunciada pela 1ª Vara do Trabalho de Rio Branco nesta terça-feira (20) e ainda cabe recurso.

G1 Acre
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