No dia do funcionário público, grevistas prometem fazer arrastão nas ruas do Quinari
Os professores da rede municipal de Senador Guiomard entram para a
terceira semana em greve, porque a Comissão de Negociação ainda, não foi
recebida pelo prefeito James Gomes. A categoria reivindica um reajuste
de 15% como forma de correção das perdas salariais decorrentes da
inflação acumulada do período, mas a prefeitura não apresentou nenhuma
contraproposta.
Em uma assembleia ocorrida na última sexta-feira, foi decidido pela
continuidade da paralisação e um arrastão pelas ruas da cidade nesta
terça-feira. O protesto é para que a Secretaria Municipal de Educação
divulgue a lista dos professores provisórios que em menos de um semestre
subiu de pouco mais de R$ 50.000,00 (cinquenta mil), para mais de
100.000,00 (cem mil). “Aqui no município todo mundo conhece quem
trabalha na educação, mas não conseguimos localizar onde trabalham estes
80 novos servidores”, denunciou o sindicalista.
Desde a paralisação de advertência no Dia do Professor, houve a
realização duas reuniões com os gestores da prefeitura. Sem nenhum
avanço nas negociações, a Comando de Greve decidiu que só volta à mesa
de negociação, com a presença do prefeito James Gomes, porque cansaram
dos emissários que não têm autonomia para atender a pauta da categoria.
“Vamos percorrer os bairros informando a população o motivo da nossa
paralisação”, avisou o sindicalista.
Segundo ele, a greve atinge 100% das escolas do município, apenas uma
escola mantida por provisórios retomou as atividades, depois da pressão
do prefeito de bloquear o pagamento do salário, no final do mês.
Aproximadamente duas mil crianças matriculadas no ensino fundamental e
médio estão sem aula no município de Senador Guiomard. Em conversa com a
imprensa, o assessor de comunicação do município, Gilberto Moura,
justifica que o movimento tem motivação política. Se os professores não
retornarem às escolas, o prefeito não retomará a pauta, porque não
negocia sob pressão.
SINTEAC, com A Tribuna