Engenheiro preso durante operação estava cedido para a Prefeitura de Senador Guiomard
A Prefeitura de Rio Branco emitiu uma nota pública nesta sexta-feira (5) para informar que o engenheiro civil Rafael Wiciuk, detido pela Polícia Federal durante a Operação Dilapsio, realizada na quarta-feira (3), não atua na capital acreana.
Engenheiro foi preso durante a operação/Foto: Reprodução
Apesar de ser contratado pela Prefeitura de Rio Branco, o engenheiro “está cedido e permanece à disposição da Prefeitura de Senador Guiomard”, de acordo com a nota.
As investigações indicam que o engenheiro está implicado em um esquema de fraudes em licitações, incluindo superfaturamento de obras públicas, utilização de empresas de fachada e lavagem de dinheiro, envolvendo as prefeituras de Plácido de Castro, Assis Brasil e Senador Guiomard.
“Portanto, qualquer associação desse servidor à administração municipal de Rio Branco, no que tange a eventuais irregularidades investigadas, é infundada. A Prefeitura de Rio Branco reafirma que não é alvo de investigação e permanece irrestritamente comprometida com a transparência, a legalidade e o respeito aos princípios da administração pública”, finaliza a nota.
Em outro momento, a Prefeitura de Rio Branco já havia informado que não tem qualquer envolvimento com as investigações realizadas no âmbito da operação.
Do que se trata a operação?
A Operação Dilapsio, deflagrada nesta segunda-feira (3), apura um esquema de fraudes em licitações e lavagem de dinheiro que teria resultado no desvio de aproximadamente R$ 3,38 milhões em recursos federais. Empresários e três prefeituras do Acre se tornaram alvo da ação, realizada de forma conjunta pela Polícia Federal e pela Controladoria Regional da União no estado.
De acordo com as investigações, o grupo atuava dentro das Prefeituras de Senador Guiomard, Plácido de Castro e Assis Brasil, onde agentes públicos e empresários teriam formado uma associação criminosa voltada ao direcionamento de contratos, simulação de processos licitatórios e uso de empresas de fachada. As irregularidades começaram a ser apuradas em fevereiro de 2025, a partir de informações repassadas pela CGU/AC.
Os documentos analisados mostram que o foco da organização era a apropriação de verbas enviadas por meio das chamadas emendas Pix, modalidade que permite transferências diretas da União sem necessidade de convênio prévio. Segundo os investigadores, essa facilidade foi explorada para viabilizar o desvio dos recursos.
O esquema operava principalmente com três empresas do ramo da construção civil, utilizadas para manipular licitações de serviços de engenharia nos três municípios envolvidos. O prejuízo estimado pela PF e pela CGU ultrapassa R$ 3 milhões, valor que saiu diretamente dos cofres públicos federais.
Como parte das medidas judiciais, oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Epitaciolândia e em outros endereços ligados aos investigados. A Justiça Federal no Acre também autorizou o sequestro de imóveis e veículos, além do bloqueio de valores equivalentes ao montante desviado.
Fonte: contilnetnoticias

