Acre supera Pará e parte do Nordeste em renda per capita, mas ainda fica longe do top 10
O PIB per capita do Acre alcançou R$31,6 mil, segundo os dados mais recentes do Sistema de Contas Regionais do IBGE referentes a 2023. O resultado posiciona o estado acima de parte da região Norte e próximo da média regional, mas ainda distante dos desempenhos mais elevados do país, evidenciando os desafios estruturais que limitam o avanço da economia acreana.
O montante era de R$100 mil/Foto: Repordução
O Acre apresenta nível de renda semelhante ao do Pará (R$31,3 mil) e superior ao registrado em alguns estados nordestinos, mas segue abaixo de vizinhos como Rondônia (R$48,3 mil), Tocantins (R$42,5 mil), Amazonas (R$41 mil), Roraima (R$39,4 mil) e Amapá (R$38,1 mil). A média do Norte é de R$36 mil. Na avaliação dos economistas, esses números mostram que o estado avança de forma gradual, porém permanece condicionado a uma estrutura produtiva concentrada nos setores público, de serviços e de atividades extrativistas, com menor presença industrial em comparação aos líderes regionais.
No contexto nacional, o Brasil registrou PIB per capita de R$53,8 mil em 2023, com crescimento de 8,56% frente ao ano anterior. O Acre acompanha parte desse movimento, mas o distanciamento entre as regiões permanece expressivo. O Sudeste apresenta média de R$69 mil, influenciada por São Paulo (R$77,5 mil) e Rio de Janeiro (R$73 mil). No Centro-Oeste, o agronegócio sustenta valores como o de Mato Grosso (R$74,6 mil). O Distrito Federal mantém o maior PIB per capita do país, com R$129,7 mil, impulsionado pela concentração da administração pública federal.
O Nordeste segue com os menores níveis, com Maranhão (R$22 mil) e Piauí (R$24,7 mil) entre os últimos colocados. Mesmo estados com maior dinamismo regional, como Rio Grande do Norte e Bahia (ambos próximos de R$30 mil), não ultrapassam o desempenho acreano por margem significativa.
O levantamento é do perfil Brasil em Mapas/Foto: reprodução
Os dados reforçam que, como indicador, o PIB per capita oferece uma medida do padrão de vida e da produtividade econômica de cada estado. No Acre, analistas apontam que ampliar a diversificação produtiva, atrair novos investimentos e fortalecer a infraestrutura são fatores essenciais para elevar o nível de renda e reduzir as desigualdades em relação às regiões mais industrializadas do país.
Fonte: contilnetnoticias
