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Há 30 dias sem chuvas, Rio Acre atinge pior marca dos últimos 11 anos para o período

A capital acreana chegou, nesta quinta-feira (17), à marca de 30 dias sem registrar chuvas, segundo dados da Defesa Civil de Rio Branco. O período de estiagem já é motivo de preocupação para as autoridades, que monitoram o nível do Rio Acre, atualmente com apenas 1,69 metro, alcançando o pior nível dos últimos 11 anos para o período, e se preparam para um cenário que pode superar a grave seca vivida em 2024, até então considerada a pior da história recente.

De acordo com o tenente-coronel Cláudio Falcão, coordenador da Defesa Civil, a última precipitação registrada na cidade ocorreu em 17 de junho. E, segundo as previsões meteorológicas, não há expectativa de chuva pelos próximos dez dias, o que pode agravar ainda mais a situação.

A previsão é que o afluente continue baixando nos próximos dias/ Foto: Juan Diaz, ContilNet

“No ano passado tivemos a pior seca, e mesmo assim choveu mais nesse período do que está chovendo agora. Podemos enfrentar uma estiagem igual ou até pior que a de 2024”, alertou Falcão.

Os impactos da seca já começam a ser sentidos, a exemplo há a dificuldade na navegação fluvial, risco de desabastecimento de água em comunidades ribeirinhas, aumento das doenças respiratórias e a elevação do número de queimadas, principalmente nas áreas rurais, mas com registros crescentes também na zona urbana.

A Defesa Civil avalia, inclusive, decretar situação de emergência ainda neste mês, caso os indicadores continuem apontando agravamento.

“Mesmo que o rio não atinja o recorde de 2024, níveis como 1,30 ou 1,35 metro já são suficientes para causar sérios problemas à cidade”, explicou Falcão.

Enquanto isso, o trabalho da Defesa Civil se concentra em ações de mobilização, combate a queimadas e campanhas de conscientização com a população. O objetivo é minimizar os efeitos da seca, que tende a se intensificar nas próximas semanas.



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