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Fiscalização na Tucandeira é reforaçada para impedir entrada da gripe aviária no Acre

O Instituto de Defesa Animal e Florestal do Acre (IDAF) reforçou a fiscalização no posto da Tucandeira, na divisa com Rondônia, como parte das ações preventivas para evitar a entrada da gripe aviária no estado. Além disso, barreiras sanitárias foram montadas no posto Pica-pau, na divisa com o Amazonas, e no trevo da Estrada do Pacífico, com o objetivo de impedir o tráfego de produtos hortigranjeiros oriundos de áreas de risco.

Reforço faz parte das ações preventivas para evitar a entrada da gripe aviária no estado/Foto: Secom/AC

Atualmente, há 37 granjas instaladas nos municípios de Brasileia e Epitaciolândia. Na última semana, 17 delas foram inspecionadas. Os ovos embrionários utilizados para formação de plantéis são adquiridos de Rondônia, Minas Gerais e São Paulo, estados fora das áreas com registro da doença. No entanto, está proibida a entrada de produtos oriundos do Rio Grande do Sul, devido ao surto confirmado no município de Montenegro.

Casos suspeitos de gripe aviária já surgiram no sul do país/Foto: Reprodução

De acordo com o coordenador do Programa Estadual de Sanidade Avícola, Everton Arruda, produtores da região do Alto Acre também têm adotado medidas de segurança. “Os donos de granjas estão montando barreiras sanitárias como forma de prevenção”, afirmou ao jornal A Tribuna.

O empresário Diego Luiz Valente, proprietário da Granja Carijó, localizada em Senador Guiomard, destacou que o surto registrado no Sul do país acendeu um sinal de alerta entre os criadores locais. “Assim que tomamos conhecimento do problema, instalamos barreiras sanitárias na granja. Produzimos mais de 20 mil caixas de ovos, com 30 dúzias cada”, relatou.

Valente lamentou as restrições impostas por importadores estrangeiros ao produto brasileiro, o que tem afetado os planos de exportação da empresa. A granja, genuinamente acreana, está em processo de habilitação junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) para exportar ovos aos países andinos.

“Esperamos que a situação seja normalizada o quanto antes para que possamos retomar os planos de exportação”, afirmou o empresário. Atualmente, 85% da produção atende ao mercado interno acreano, especialmente as redes de supermercados, enquanto os 15% restantes são destinados a municípios da região Sul do Amazonas.

Valente ainda demonstrou preocupação com uma possível queda nas vendas, mas ressaltou o posicionamento oficial do governo federal: “O MAPA já emitiu um comunicado garantindo que os produtos hortigranjeiros podem ser consumidos com total segurança”, concluiu.



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