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Arma de fogo não pertencia à enfermeira morta em perseguição policial, aponta perícia


No caso da enfermeira Géssica Melo de Oliveira, morta durante uma perseguição policial na BR-317, na fronteira de Senador Guiomard e Capixaba, surgiram novas atualizações com base nas investigações do Ministério Público do Acre (MPAC). As informações revelam indícios de que houve uma tentativa de “mudar a cena do crime”, com a inserção de uma arma de fogo, do tipo pistola, pelos suspeitos dos disparos que vitimaram a enfermeira. A arma foi alegada como pertencente a ela, como forma de alegar legítima defesa.

Os laudos periciais apontaram que não foram encontrados traços de material genético da arma no DNA da enfermeira, mas sim a presença de traços de material genético masculino. Isso levanta a possibilidade de a arma ter sido colocada por um dos suspeitos e também sugere que pode não ter havido confronto policial, já que todos os projéteis estavam na arma de fogo.

Além disso, foi realizado um exame de urina na vítima, que resultou negativo para a presença de álcool ou qualquer tipo de droga, apenas indicando a presença de medicamentos antidepressivos.
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O Ministério Público do Acre instaurou uma investigação criminal para apurar o incidente, que terá duração de aproximadamente 90 dias. O objetivo é esclarecer os fatos e atribuir possíveis responsabilidades, se houver. O inquérito do MPAC ocorrerá de forma independente das apurações da Polícia Militar e da Polícia Civil.

O governo do Acre também se manifestou sobre o caso, afirmando que está acompanhando rigorosamente e que os policiais envolvidos foram presos e serão investigados pela PM. O governo ressalta que a investigação será imparcial e busca fornecer esclarecimentos o mais rápido possível à sociedade.

Os advogados de defesa dos policiais envolvidos apresentaram habeas corpus, porém, foram negados pela Justiça. Com isso, os acusados permanecerão presos. A defesa alega que houve ilegalidade nas prisões, mas as provas apontam para a autoria e materialidade do crime.

Em uma decisão controversa, a Justiça determinou que os policiais acusados aguardem o julgamento em prisão domiciliar. Eles poderão ficar em suas residências, porém, não poderão atuar nas ruas por enquanto, tendo permissão apenas para trabalhar na parte administrativa.

O advogado da família de Géssica Melo trouxe à tona novos elementos para a discussão do caso, afirmando que não existia arma e que a cena do crime foi totalmente implantada pela polícia. Por outro lado, a defesa dos policiais argumenta que a prisão preventiva não era necessária e que eles representavam um risco à integridade das pessoas próximas ao local no momento da situação.

O caso continua em investigação e aguarda-se o desenrolar do processo judicial para a busca da verdade e da justiça nesse trágico incidente.

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