Plantão

BLOG DO TON: Vice-presidente da Comissão de Segurança na Câmara, Ulysses sabia de rebelião em presídio e assistiu de camarote?





O discurso — considerado, no mínimo, corajoso e contundente — do deputado estadual Arlenilson Cunha (PL-AC), sobre as declarações do deputado federal Ulysses (UNIÃO-AC), à respeito da rebelião no presídio de segurança máxima de Rio Branco que foi destaque nacional, nos levam a, pelo menos, duas reflexões.



A primeira delas: Ulysses é vice-presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara Federal. Foi eleito com ampla votação e tendo como um dos principais motes a segurança. Ele afirma que tratou-se de uma tragédia “anunciada”. Ora, como deputado federal, e membro titular de uma importante comissão, o nobre deputado nada podia fazer? A sociedade não merecia sequer um alerta?



Sobre a segunda reflexão, para melhor entendê-la, vou reproduzir a fala de Ulysses durante entrevista ao ContilNet — a quem pertence os créditos — na ExpoAcre: “Olha, eu sou uma pessoa muito transparente e acho que isso era uma tragédia que já estava anunciada. Quando eu estava na Secretaria de Segurança Pública nós sabíamos que isso estava prestes a acontecer, pois o Iapen naquele momento estava inserido em um contexto político. Nós não podemos tratar segurança, saúde e educação de maneira política, na politicagem”, ressaltou.



Ora, o deputado estava inserido na Sejusp e sabia que o episódio podia acontecer? Ou eu entendi errado? Será que, desde essa época, com cargo importante no executivo estadual, o deputado nada podia fazer? Isso não seria crime de prevaricação? Ulysses cometeu sincericídio?



São muitas perguntas. Afinal, não quero — e nem irei — emitir juízo de valor sobre esse assunto. Minha função, neste espaço, é outra: provocar reflexões. Aos que couberem respostas — seja o deputado, seja o governo ou os órgãos de justiça — o espaço está aberto. A população carece de esclarecimentos, e agradece.


ASSUNTO DO MOMENTO



Há de se reconhecer a fala do deputado Arlenilson. Com tantos assuntos em evidência, alguns que poderiam até render mais destaque na imprensa, seu misto de desabafo e reflexão foi o assunto do momento.


UMA DÚVIDA E UMA CERTEZA




Nessa história, há pelo menos uma dúvida e uma certeza: a dúvida é se Ulysses detém ou não o comando político do Iapen. E a certeza é a de que, independentemente de qualquer coisa, perdeu a grande chance de ficar calado.


VAI PRECISAR DE MUITO MAIS




Sem muito o que mostrar em se tratando de ações efetivas de mandato, acusando falhas visíveis de planejamento e imagem — e ainda escorregando nas falas sem a menor necessidade, Ulysses vai precisar de muito mais do que um batalhão de fotógrafos e pinta de galã aposentado para ser o próximo prefeito de Rio Branco.


ENSINAR O QUE O ACRE NÃO SABE




Ironia do destino ou não, a convite da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Ulysses profere, na quinta-feira (10), palestra no Fórum Panamericano sobre o Combate ao Crime Organizado Transnacional sobre as “medidas alternativas de combate a grupos criminosos de tipo mafioso”. Vai ensinar o que o Acre não sabe? Poxa. Ensina aqui também, deputado.


FELIZ



A rebelião foi um episódio triste na história do Acre. A Segurança tem muito o que melhorar. Arlenilson é feliz quando diz que, ali naquele sistema, existem servidores que trabalham arduamente, e que precisam ser defendidos e protegidos. Uma coisa não tem nada a ver com a outra.


CRISE AÉREA




Feliz também foi o deputado Pedro Longo, na coletiva de imprensa sobre o papel da Aleac na crise aérea no estado. Essa questão é alvo de discussões divididas, onde muitos são os comentários de que esse não é o papel do parlamento estadual. Longo lembrou que o mesmo se falava em se tratando de BR-364. A Aleac se movimentou e hoje a via está em franca manutenção.


ALIÁS…



Se isso não faz parte, de fato, do papel da Aleac, isso enobrece ainda mais esse parlamento, o catapultando a discussões que estariam acima de seu nível.


NÃO SE PODE NEGAR




Ainda assim, algo não se pode negar: se a bancada federal estivesse mais comprometida com essa questão, a realidade poderia ser outra.


A CONTA NÃO BATE



Os que tentam imprimir a ideia de que a vice-governadora Mailza não possui força política, são os mesmos que tentam breca-la por considerarem uma ameaça em 2026. Ora, ou Mailza é forte, ou é fraca. Decidam-se! A conta não bate.


BATE-REBATE



• O MPAC recorreu da decisão que declarou solto o policial penal que atirou em um casal na ExpoAcre (…)

• (…) Na terça-feira, o policial ganhava liberdade provisória e, quase que simultaneamente, a família do jovem chorava a dor de sua morte.

• Mais dois anunciaram saída do MDB após a chegada de Marcus Alexandre (…)

• (…) Os irmãos Rocha.

• Lá do glorioso do dr. Ulysses, chega a informação de que Flaviano ainda não desistiu da ideia de ter um deputado federal (…)

• (…) Quem será o dito que tem ouvido os cantos da sereia… quer dizer… os uivos do lobo!?

• Além das obras que já estão a todo vapor, Bocalom afirma que, ainda esse ano, duas obras gigantes vão ter início (…)

• (…) Os viadutos da AABB e do Araújo Mix.

• Sobre a crise aérea, se tem um parlamentar federal engajado nessa causa, ele se chama Alan Rick (…)

• (…) “Não aceito. Vamos continuar cobrando até resolverem”, afirmou Alan, que deve ajudar o presidente da Aleac Luiz Gonzaga em articulações necessárias para reverter o quadro.




ACESSE O BLOG DO TON E FIQUE POR DENTRO DOS BASTIDORES DA POLÍTICA ACREANA.




Fonte: OPalaciano
Tecnologia do Blogger.