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Peão de rodeio morre após ser pisoteado por boi durante treino no Acre: ‘morreu fazendo o que mais amava’


O peão de rodeio José Neto Farias da Silva, de 21 anos, morreu nessa sexta-feira (21) após ser pisoteado por um boi durante um treino de rodeio em um rancho na cidade de Sena Madureira, interior do Acre. Um vídeo do momento do acidente circula nas redes sociais.

Abalada, a tia dele, Pauliana Cunha, de 29 anos, conversou com o g1 e contou que o jovem amava o esporte e, inclusive, tinha vencido recentemente o rodeio na ExpoQuinari, em Senador Guiomard. Segundo ela, o rapaz fazia um treino quando caiu do animal e acabou pisoteado.



“Ele montava há bastante tempo, quando tinha exposições nos municípios ele sempre competia, tinha já uma trajetória de montaria. Nessa sexta [21], ele estava fazendo um treino e aconteceu o acidente. Na hora que caiu, foi embaixo do boi e aí o animal pisou em cima da costela dele. Eu e o irmão dele que socorremos e levamos para o hospital. A gente achava que tinha sido uma pisada no estômago, porque ele ficou sem ar, mas ele falou que estava doendo muito e começou a ficar com lábios e dedos sem sangue”, contou a tia.

O rapaz deu entrada no hospital às 19h44 acompanhado dos familiares. Segundo a direção da unidade, ele apresentava palidez, dificuldade de respirar, taquicardia, fez um raio-X que identificou as fraturas nas costelas.

O paciente foi medicado e, ainda confirme a direção, foi feito um dreno no tórax. Em seguida, ele foi encaminhado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Pronto Socorro de Rio Branco. Mas, na altura do quilômetro 50 da BR-364, ele não resistiu aos ferimentos e morreu dentro da ambulância.

A família reclama que demorou para o rapaz ser transferido para a capital. Segundo a tia, a unidade de saúde de Sena Madureira não possui ambulância e precisou esperar chegar uma de Manoel Urbano, cidade vizinha.

“O acidente foi às 19h30 e meu sobrinho foi sair para Rio Branco ia dar meia-noite, depois de ter sido drenado. Esperaram uma ambulância de Manoel Urbano para poder levar ele. A mãe dele foi junto e, no km 50, ele ficou apertando a mão dela e falou que a respiração dele estava muito ruim. Ela pediu para parar a ambulância e foi muito rápido, ele morreu. Meu sobrinho morreu fazendo o que ele mais amava”, disse a Pauliana.

A ambulância do Samu retornou para a cidade de Sena Madureira com o corpo do rapaz. Ele é velado neste sábado e o enterro está marcada para as 16h no Cemitério São João Batista.

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