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Em momento de descontração, onça-pintada e filhote trocam carinhos; veja vídeo

Fera dando "lambeijo" em Samba no Pantanal. — Foto: Reprodução/FábioPaschoal

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Durante um momento de descontração, Fera e o filhote Samba trocaram carinhos no Pantanal de Mato Grosso do Sul. O registro foi feito pelo biólogo e guia de turismo Fábio Paschoal, no Refúgio Ecológico Caiman, neste mês de outubro. Os felinos não se importam com a presença dos carros de safari e foram flagrados trocando “lambeijos”. Veja o vídeo acima.

Os especialistas estimam que Samba tenha cerca de cinco meses de vida. O filhote e Fera estavam próximos a uma carcaça de um animal quando foram vistos pelo grupo em que estava Paschoal. “Eles estavam bem tranquilos quando a gente chegou”, comenta o biólogo.

Porém, Fera e Samba não eram as únicas onças-pintadas no ambiente. “Tinha uma outra onça lá, que é a Leventina, neta da Fera. Ela estava na carcaça e a Fera chegou com o Samba. Os dois deitaram ali, ficaram por ali, houve essa interação entre eles, o Samba tentando brincar com a Fera. Quando a Fera chegou, a Leventina deitou próximo à carcaça, mas não estava mais se alimentando, ela deixou de se alimentar quando a Fera chegou”, conta Paschoal.
Onças não se importaram com a presença de turistas. — Foto: Reprodução/FábioPaschoal

Relação maternal entre felinos

As onças-pintadas fêmeas permanecem com os filhotes até que eles completem aproximadamente um ano e meio, explicam os especialistas. “Depois de um ano e meio, o filhote desgarra e aí passa a se virar sozinho”, detalha Paschoal.

Durante este período, a fêmea ensina o filhote como sobreviver na floresta, além de protegê-lo. Neste tempo, é comum a troca de afeto entre mãe e filhote.

“Em geral, as fêmeas quando estão com filhotes são carinhosas do jeito que a Fera foi. Então, ela vai cuidar do filhote, vai ensinar o filhote”, pontua o biólogo.

Após um ano e meio, em geral, o felino está pronto para viver sozinho. A partir de então, os encontros com a mãe podem não ser tão afetuosos quanto durante a infância.

“Quando ele se encontra com a mãe depois de adulto, varia muito da situação. Pode ser que seja uma coisa mais amigável, pode ser que role um pouco de agressividade”, destaca Paschoal.
O biólogo cita um registro impressionante feito das onças-pintadas Gatuna e Hakuna, também no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Diante de uma carcaça, mãe e filha rosnaram agressivamente uma para a outra. Veja a seguir:

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“Por mais que elas não tenham chegado a ter um confronto físico, elas estavam rosnando uma para outra, mas acabaram se alimentando da mesma carcaça. Então, varia muito da situação, se tem muita comida, pouca comida, o que as onças estão fazendo, se elas só estão andando de um lado para o outro”, comenta o profissional.

Paschoal ainda destaca que se a fêmea já estiver com um novo filhote, pode ser que a situação não seja tão amigável. “Se mãe e filhote se encontrem na natureza, pode ser que se tenha uma interação agressiva, pode ser que não. Se for uma mãe com o filhote, tem chance dela ficar mais agressiva quando a filha que já desgarrou”, explica.

Fera e filhotes

A Fera é uma onça-pintada bastante conhecida pelos profissionais da Organização Não Governamental (ONG) Onçafari, que atua no Refúgio Ecológico Caiman. A onça foi a primeira a ser reintroduzida com sucesso no Pantanal, juntamente com sua irmã, Isa, de acordo com a ONG.

O felino é monitorado desde 2015 e é considerado pelo grupo uma excelente caçadora. Fera já foi registrada algumas vezes em momentos de relaxamento com os filhotes.

Quando ainda era filhote, a onça-pintada Turi tentou brincar com a mãe Fera, mas foi completamente ignorada. O biólogo Pedro Henrique Pozzi estava presente e flagrou o instante.

“A Fera não estava em modo de caça, estava descansando ali e as queixadas chegaram. Ela não demonstrou nenhum sinal de que iria partir para o ataque, simplesmente continuou ali, deitada no galho, e os bichos começaram a passar embaixo dela, sem ter a mínima noção de que ela estava lá”, narra Fábio.


Fonte: nahoradanoticia
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