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Poluição causada por fumaça pode reduzir em até 3 anos expectativa de vida dos acreanos, afirma pesquisador

Foto: Juan Diaz

Não tem quem não reclame da fumaça que invadiu as cidades acreanas nestes últimos dias, problema que vem sendo observado com preocupação por pesquisadores da região MAP, que engloba a fronteira trinacional Brasil, Peru e Bolívia.

“Se continuar esse padrão, reduziria de 1 a 3 anos da expectativa de vida dos acreanos. No mundo, a poluição do ar, como fumaça, é um dos fatores mais importantes nas causas de mortalidade”, afirmou o professor Foster Brown, em mensagem enviada ao jornalista Altino Machado.

O professor Foster e outros pesquisadores da Universidade Federal do Acre têm analisado diariamente os dados dos sensores de qualidade do ar, instalados nos 22 municípios do Acre e em toda região MAP.

A cor púrpura, que demonstra uma alta concentração de material particulado na atmosfera, já é uma constante para quem acessa o site PurpleAir. Ness período de estiagem, o Acre, que é o único estado do país que possui um sensor de qualidade do ar por município, é um parâmetro da realidade preocupante da poluição na amazônia.

Os sensores foram instalados por meio do Ministério Público do Estado (MPAC), com o apoio de pesquisadores da Universidade Federal do Acre (Ufac) e hoje fornece dados para todas as unidades de monitoramento ambiental do mundo.

“Tivemos concentrações de fumaça bem altas neste sete de setembro no Acre. São médias das últimas 24 horas. Para comparar, a máxima concentração permissível pela OMS para média diária é 15 microgramas por metro cúbico. Os valores são cerca de 10 vezes maios do que o limite da Organização Mundial de Saúde (OMS)”, informou Foster Brown.


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