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Policiais civis fazem passeata pelo Centro de Rio Branco em protesto contra proposta do governo



Insatisfeitos com a proposta de reajuste salarial apresentada pelo governo no último dia 11, policiais civis do Acre fizeram uma passeata pelas ruas do Centro de Rio Branco nesta terça-feira (22). O ato causou transtornos no trânsito da capital.

O grupo se reuniu na Praça Povos da Floresta, em frente ao Palácio Rio Branco e à Assembleia Legislativa do Acre e depois caminhou pelas ruas, inclusive, pelas pontes.

A categoria pede:

Recomposição salarial inflacionária de, no mínimo, 24,42%;
Revisão da Lei Orgânica da categoria;
Revisão do PCCR;
Revisão do banco de horas.

“Estamos em movimento de paralisação geral da Polícia Civil demonstrando nossa insatisfação pela proposta apresentada pelo governo e nosso ato hoje é com uma passeata, uma forma para que a voz dos policiais civis e as demandas sejam ouvidas. A polícia Civil do Acre está insatisfeita com o que foi apresentado pelo governo”, disse o vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Acre, Fábio Silva.

Sobre o ato desta terça, o governo disse que “reconhece como legítimas as reivindicações dos servidores, que continua aberto às negociações e estuda a melhor forma de atender as categorias sem colocar em risco a folha de pagamento e dentro do que estabelece a Lei de Responsabilidade Fiscal.”

Na quarta (16), os policiais civis do Acre foram ouvidos em audiência pública no plenário da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac). Eles apresentam as reivindicações aos deputados e ao representante do governo, secretário Ricardo Brandão da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag).

Proposta do governo

No último dia 11 de março, o governador Gladson Cameli anunciou um aumento de 5,42% no salário de servidores públicos estaduais. A proposta ainda precisa passar pela Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac).

O governo informou que o reajuste contempla mais 51,2 mil servidores ativos e inativos e vai fazer a folha de pagamento saltar de R$ 283 milhões, para R$ 309 milhões. Além disso, também vai ser pago o auxílio alimentação no valor de R$ 500 para os servidores ativos com salário bruto de até R$ 4 mil. No entanto, os trabalhadores não aceitam essa proposta.

Educação – Com relação aos profissionais da educação, o governo, que chegou a fazer uma consulta ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e recebeu parecer favorável, vai conceder o reajuste equiparado ao piso nacional no valor de 33,24%. Além do auxílio alimentação mensal para os servidores ativos da SEE de R$ 420.

Saúde – Em relação aos profissionais de saúde, que também estão em greve, o secretário da Seplag, Ricardo Brandão, disse que foi entregue o Projeto de Lei, na Aleac, na noite de quinta (10), para criação do auxílio alimentação, no valor de R$ 500. O PL deve ser apreciado na Casa nos próximos dias. Além disso, ainda deve ser implementado o Auxílio Temporário de Saúde (ATS), no valor de R$ 400 para os servidores ativos da Sesacre.

Militares – Para os militares, que realizam protesto pela reformulação de carreira, o governo informou que fez uma proposta à categoria e que aguarda resposta do que foi oferecido a eles como benefício, mas não especificou o que foi apresentado.

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