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Coluna: É preciso coragem para fazer o que Bocalom, entre a cruz e a espada, está fazendo

Tião Bocalom é prefeito de Rio Branco. Foto: Everton Damasceno/ContilNet

Me cortou o coração ver vídeos que circulam da internet de um trabalhador sendo retirado de uma residência a ser construída com – tenho absoluta certeza –, muito suor. Me lembrei, imediatamente, de quando era criança e vi uma televisionada ação de retirada de famílias de onde hoje está instalado o Parque da Maternidade.

A diferença é que, de um lado, temos um elogiado, bem lembrado e aceito governo – com chances reais de retomar parte do poder perdido em 2022; e, do outro, temos um criticado e apedrejado Tião Bocalom. Ele está entre a cruz e a espada: tem sido criticado quando faz e quando deixa de fazer.

“As pessoas reclamam quando se deixa a população entrar de áreas de risco. E reclamam quando tiram essas famílias dessas áreas. É emblemático. A prefeitura tem que zelar por esses espaços. As pessoas tentam tirar proveito disso e mancham, sem merecer, a imagem de um gestor”.

Apesar de Bocalom conhecer o modus operandi do poder executivo, por conta de sua exitosa experiência na pacata Acrelândia, não é fácil estar na pele do prefeito – mesmo que não ligue para o que os opositores deixam de falar. Não entro no mérito da família que foi retirada do lar, da forma como foi tirada ou se receberam ou não – em tempos atrás – algum benefício ou foram contemplados com algum programa habitacional que garantissem sua retirada dali. Só sei de uma coisa: é preciso coragem para fazer o que Bocalom, entre a cruz e a espada, está fazendo.

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