Gladson entrega carta a Bolsonaro pedindo vacinação em massa e novos leitos de UTI
No documento, Cameli também enfatizou a crise imigratória na fronteira com o Peru
Em carta aberta ao presidente Jair Bolsonaro, que cumpriu agenda no Acre nesta quarta-feira (24), o governador Gladson Cameli pediu vacinação em massa no Estado e ampliação da estrutura de Saúde.
No documento, Cameli também enfatizou a crise imigratória na fronteira com o Peru como um fator que também preocupa.
“Com os cordiais cumprimentos, sirvo-me da presente carta para externar mui respeitosamente que o Acre vive hoje em meio a uma crise humanitária e de saúde pública das mais complexas e que desafia a racionalidade humana, uma vez que o inicio do segundo pico crescimento da curva de infecção causada pelo novo coronavírus está sobreposto às inundações ocorridas em 10 municípios do estado, à epidemia de dengue e a crise migratória, em razão do fechamento da fronteira do Brasil com o Peru”, escreveu o chefe do executivo estadual.
Gladson requereu novos leitos de UTI e medicamentos, além de outros materiais e insumos, no valor de R$100.000.000,00 (cem milhões de reais).
“O enfrentamento à crise requer a ampliação da estrutura de saúde, como abertura de novos leitos clínicos e de UTIs, aquisição de medicamentos, equipamentos, material e insumos, totalizando o valor de R$100.000.000,00 (cem milhões de reais), os quais estão especificados nos Ofícios n° 490/2021/SESACRE (Processo n° o019.000785.00058/2021-34) e N° 198/2021/SESACRE (Processo n° 0019.000785.00013/2021-60), remetidos ao Fundo Nacional de Saúde”, continuou.
Vacinação em massa:
“Parte significativa das vítimas das enchentes encontra-se em abrigos provisórios, o que faz necessária e urgente, visando atender 450 mil pessoas com 1 e 2 doses, totalizando 900 mil doses para continuar o processo de imunização, a vacinação em massa é medida eficaz e representa, também, proteção para o resto do pais”, destacou.
Ponte sobre o Rio Madeira:
“Por outro lado, devemos nos antecipar a possíveis estrangulamentos da logística de transporte de abastecimento local uma vez que o Acre é totalmente dependente da interligação rodoviária com Rondônia e o centro sul do pais e, nesse caso, è vital para a agenda regional a inauguração da ponte sobre o rio Madeira. Os prejuízos após as cheias são inúmeros e na maioria das vezes incalculáveis sobretudo na parte de infraestrutura de estradas, prédios públicos, safras e nos casos mais graves, vidas humanas”, salientou.