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CEMAPE, do Quinari, é destaque em competição regional de Bocha

Campeonato Regional Norte de Bocha Paralímpica é disputado na capital
Participaram da competição atletas do Acre, Pará e Rondônia. Ao todo, 25 atletas cadeirantes disputaram a fase classificatória - Foto: Dell Pinheiro

Campeonato Regional Norte de Bocha Paralímpica é disputado na capital

Foi realizado ontem no ginásio do Sesi, em Rio Branco, a abertura oficial do Campeonato Regional Norte de Bocha Paralímpica. Participaram da competição delegações do Acre, Pará e Rondônia. Ao todo, 25 atletas cadeirantes (com paralisia cerebral e doenças crônico-degenerativas) disputaram a fase classificatória que servirá como seletiva para a etapa nacional da modalidade. O evento também acontece neste sábado, 16.

A equipe acreana é formada por alunos da Apae Rio Branco, Centro de Ensino Especial Dom Bosco e pelo Centro Municipal de Atendimento Pedagógico Especial (Cemape) de Senador Guiomard.
“O torneio é dividido inicialmente por regiões. Essa etapa será classificatória para o Campeonato Brasileiro que acontecerá em novembro em Águas de Lindóia, interior de São Paulo”, comentou o presidente da Associação Nacional de Desporto para Deficientes (Ande), Frederico Frazão.

Natanael Silva dos Santos, aluno da Apae, conta com o apoio do pai que o ajuda nos treinamentos - Foto: Dell Pinheiro
Natanael Silva dos Santos, aluno da Apae, conta com o apoio do
pai que o ajuda nos treinamentos – Foto: Dell Pinheiro


O Secretário adjunto de Esporte do Acre, Petronilo Lopes, o “Pelezinho”, falou sobre a importância do evento e agradeceu o apoio do governo. “Primeiro é gratificante ver isso acontecer no Acre. Por meio do esporte e lazer, pessoas que até então achavam que estavam excluídas da sociedade, se integram com felicidade, mostrando que podem superar todos os seus limites. Todos eles já são campeões. Essa é a primeira vez que o Estado sedia um campeonato como esse. Agradeço ao governador Tião Viana que sempre deu total apoio em ações ligadas ao setor”, salientou.

Para uma pessoa com comprometimento motor grave, como é o caso de muitas com paralisia cerebral, conseguir praticar um esporte é muito difícil. Porém, com a bocha adaptada, que foi trazida ao Brasil em 1995 pela ANDE, as pessoas mais comprometidas fisicamente puderam tornar-se atletas.

Foi o que aconteceu com Natanael Silva dos Santos, aluno da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), em Rio Branco. O atleta é apaixonado por esportes e descobriu o potencial para a bocha treinando na entidade.

“Gosto de todo tipo de esporte, mas devido as minhas limitações, não posso praticar todos. Já treino bocha há algum tempo e admiro a modalidade. Estou confiante e ansioso. Espero alcançar um bom resultado”, finalizou o estudante que competirá na categoria BC3 ( que jogam com auxilio de uma calha).
A bocha é um jogo paralímpico que tem como objetivo aproximar as bolas (azuis ou vermelhas) da bola branca (bolim). São seis bolas azuis, seis vermelhas e uma branca. Ganha a partida quem conseguir colocar o maior número de bolas próximo ao alvo.

Só os cadeirantes podem praticar esse esporte e os atletas são classificados em categorias de acordo com o grau de deficiência: BC1, BC2, BC3 e BC4. A bocha pode ser jogada individualmente, em duplas ou por equipe.

O Campeonato Regional Norte de Bocha Paralímpica é realizado pela Associação Nacional de Desporto para Deficientes (Ande) e Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), além de contar com o apoio do governo do Estado, por meio da Secretaria Adjunta de Esportes do Acre.

Jornal Página 20 (adaptado)
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